domingo, 26 de setembro de 2010

Quem roubou minha amígdala cortical?


Enfrentando um período de ''indiferença''... quem nunca precisou enfrenta-la, (indiferença: desatenção, frieza, desinteresse, negligência) o que algumas pessoas não conseguem fazer nunca, e outras fazem bem demais.
Dar as costas aos problemas. Pode ser muito bom e necessário para uma perfeita saúde mental, mas o excesso de indiferença pode nos deixar as vezes num caminho sem volta.
Uma vida livre de emoções até mesmo as emoções negativas, parece ser algo assustador. Viver sem problemas e quem diria, eles têm uma enorme parcela de culpa por nossa felicidade extrema ou nossa criatividade.

A amígdala cortical : Essa parte conectada ao cérebro está ligada mais do que a afeição, qualquer paixão depende dela. Os animais que têm a amígdala cortical retirada estão inertes a qualquer sentimento, até mesmo o medo e a raiva¹. A emoção permanece ausente. E há dias como este que não sei por onde diabos larguei essa tal amígdala, tudo parece um vago só, e as emoções desaparecem.


Aprendendo a canalizar os maus sentimentos:
''_mas que sentimentos? estou indiferente!, existe sentimento na indiferença?''

Essa é a dor da indiferença, querer se opor a algo mas tudo esta tão tedioso que até mesmo a mais profunda depressão e tristeza dariam mais inspiração.
Temo surtos sociais de inércia emocional como este. Afinal o que poderia ser pior para um escritor do que a perda das emoções? o que seria de um poeta somente com palavras? não teria muito como expressar-se, afinal expressar o que? se não há nada para sentir.
Toda arte humana sempre movida as paixões estaria perdida. E onde estão nossas razões imprescindiveis que não nos cobrem desse dano?
Tomar decisões sensatas somente com o uso da razão é possível? parece que não...pensamento racional e emocional estão mesmo diretamente interligados. O que seria de nós seres humanos sem nossas emoções? o que fazer quando o mundo nos acostuma a racionalizar em todas as ocasiões em que poderíamos investir nossos sentimentos em profundidade?o que fazer com toda nossa instrução quando a emoção diz algo totalmente oposto?
Nada pior do que o esfriamento emocional. São tão constantes as influências racionais e tão pouco incentivadas as paixões, tão bombardeados somos por nossas tecnologias, nossa maquinas ''pensantes'' que nos abstraímos de nosso sentimentalismo. O que muito me lembra o fascinante movimento do Romantismo no século XVIII e a valorização dos sentimentos e das paixões, na tentativa de um renascimento emocional, houve até o que denominou-se ''a afirmação do amor contra a supremacia da razão''.Os românticos lutavam contra a frieza da racionalidade como tentativa de recuperar a sensação de plenitude, afirmando que os indivíduos permaneceriam insatisfeitos em seus anseios de liberdade.
Acertaram em cheio, insatisfeitos estamos. Queremos ser livres a todo custo, porém nossos anseios de liberdades ainda se ligam no ideal racional materialista de independência, como se isso já fosse o estágio supremo da liberdade absoluta. Passamos a viver como imagino nos viam os romanticos em seus piores pesadelos. Pensando de mais e sentindo muito pouco.


Neutralidade paralisante
Enquanto alguns são feridos e destroçados diariamente por suas emoções e consciências emocionais, outros ainda nem se deram conta que isso existe e não estão nem ai pra ela (oi...rs). Nesse caso tememos um estágio mais avançado e saímos de indiferentes para insensíveis, ou em caso alarmante negligentes sociopatas (medo).
Eu que tenho antecedentes de escrava emocional, e agora acordando em outro extremo. Vejo como é complicado ambos os casos, ainda preferindo a atual inércia alexítimica. (Pelo menos portadores de alexitimia ainda podem ser ótimos profissionais, já que as únicas perdas dos alexitímicos são a capacidade de raciocínio emocional e o manifestar de emoções juntamente com a dificuldade de descrever sentimentos, não significando a total ausência deles. já no caso dos atormentados pela emoção nem isso é possível, visto que comprovadamente perdem o foco e estão mais suscetíveis a desconcentrar-se em razão da ansiedade.)
Ok! depois desse parágrafo quase psiquiatrico e de algumas semanas tentando escrever tal descrição sobre o sentimento que em mim predominou ou melhor, que deixou de predominar por essas longas semanas sem postar. Termino aqui já quase recuperada e feliz porque devolveram minha amígdala três semanas depois desde a primeira linha desse texto, a qualidade duvidosa expressa muito bem a criatividade perdida pela falta de sentimentalismo. acho então que consegui expressar o que queria.


Então o que fazer nesses dias quando sua amígdala resolve passear?: parágrafo escrito em terceira semana em ausência de minha amígdala.

''catarse minha de cada dia''
Se você acordou hoje assim como eu, subitamente sentindo-se um psicopata, e em total inépcia emocional, calma não se desespere (Até porque você não terá capacidade de sentir essa emoção também). É importante apenas tentar descobrir a razão para tal insipidez emocional, é claro eu não sou nenhuma psicóloga, mas falando por experiência, é bem útil que se procure logo uma razão, talvez assim isso vá logo embora.
E é importante que vá. A lógica racional sozinha nunca será suficiente quando se precisa tomar algumas decisões como: com quem relacionar-se ou até mesmo decidir onde trabalhar. O comportamento social nunca será o mesmo, sem emoção é impossível envolvesse por completo e sentir intensidade sentimental, seja por algo ou alguém, viveremos em total descontentamento. Por tanto livre-se logo desse vácuo emocional e arranje um sentimento para se ocupar.


''Cada sentimento têm um valor potencial que nos ensina em cada etapa da vida, dando-nos a possibilidade de mantermos um posicionamento firme no que realmente defendemos e valorizamos, impulsionando-nos a alguma direção. Dependendo de sua intensidade e equilíbrio nos conduz ao alvo mais ambicionado. A felicidade ''


by: sua flor.


1.amígdala cortical: Descrição psiquiatrica da Internet.

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