quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

‘’Imperfeições’’... (porque todo mundo merece um pouco de incentivo).

''Só seremos verdadeiramente felizes quando formos capazes de nos amar mais do que nos amam os outros, e aceitarmos em nós o que as pessoas não aceitam''.

E afirmou: _ De fato, isso em mim nunca me agradou!
E disseram-lhe: _ De fato nunca te amaste.
Ao que respondeu: _ eu me amo, só não sou feliz.


Nada como a relação do eu consigo mesmo, a enriquecedora relação de reconhecer o próprio valor.

Quantos de nós diariamente nos deparamos com o ritual matinal da insatisfação, o mito da perfeição? . Seja por ser o melhor no trabalho, na escola, ou o já velho clichê perfeccionista da busca incessante pelo tal ’’corpo perfeito’’; Não importa. O fato de buscar a perfeição se liga a algum requisito imposto; a pergunta é: _Quem requisita realmente? Quando a busca é própria pode ser muito saudável, mas quando se há uma coerção por padronização social a realidade é sempre inversa.
É notável o quanto algumas pessoas evitam falar o que pensam, seus ideais, suas ambições, seus próprios valores; sua fé. Preferem não entrar em determinados assuntos a ter que discordar numa ou outra situação. Tudo pela perspicaz conveniência.
Ser, pensar, agir diferente pode parecer um defeito ou desvantagem perante o grupo social em que se encontra. Assim também muitos carregam centenas de relacionamentos românticos. Que levam sobre si um ambiente totalmente artificial, impedindo a total veracidade dos parceiros ao ‘’real’’ objetivo dos relacionamentos modernos, ou a etapa mais significativa, a do conhecimento das personalidades nas descobertas de usuais compatibilidades. Aparentemente revelar o próprio eu pode ser muito comprometedor.

Nada mais que idiossincrasias...

Sim! Aceite, suas imperfeições não são nada mais do que isso. Elas marcam as características que o marcaram por toda sua jornada.
Cada detalhe dos quais você se envergonha lembram ou estão relacionadas com algo do passado.Talvez a maneira como se escolhe ou escolheu viver em determinada época; que fizeram e fazem de você o que é hoje. Um ser especificamente único. E acredite essas particularidades ás vezes conquistam muitos admiradores.
Algumas pessoas acharão simplesmente interessantíssimas muitas das coisas as quais você tentou esconder a vida inteira, ou durante muitos anos, como seu cabelo cacheado por exemplo, (oi! rs).
Tudo muito conectado a essa palavrinha difícil que indica a característica própria e única de cada ser. As suas e as minhas Idiossincrasias.


’Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito’’
_fernando pessoa

Não há uma grandiosidade na perfeição, o que nos torna interessantes, é como realmente substituímos vantagens que não temos por outras, tudo de forma absolutamente natural e despercebida. Todo mundo têm sempre um pouco mais do que aquilo que se pode ver.
Isso é o que deveria instigar os seres. Por vezes tão perturbado com a imagem de si próprio e do outro.
O que carregamos em nós é um instinto ameaçador. Um orgulho grande de mais que nos impede de enxergar o outro e a nós mesmos com de maneira primorosa. Paremos de buscar o novo e passemos a admirar o ‘’velho’’ com outros olhos. Há sempre mais por descobrir daquele seu amigo de longas datas, ou do parceiro o qual você acha que sabe tudo e já esta quase desinteressante. Lembre-se ‘’Há sempre mais’’.
Irrita-me saber que ainda há esforço na tentativa de parecer melhor do que se é. Dígame com que finalidade o fazemos? A saber, todos passam pelo mesmo mal, se é que pode chamar-se’’ mal’’ o que é apenas natural! .Não precisamos mascarar as qualidades que não temos, assuma os defeitos que têm, já fomos ressarcidos com idiossincráticas qualidades.
Melhor seria que gastássemos nossas energias melhorando aquilo que já temos. E buscando melhoras essenciais, assim como é preferível saber intensamente sobre pouco á saber superficialmente sobre muito. E dar fim ao ‘’isso é aceitável a você, não a mim’’.

...Alguns detalhes são realmente sem importância, mas o querer ser melhor é o que de fato nos faz perfeitos.

Ninguém precisa ser multi-utilidades. O ‘’sabichão’’ da classe, a melhor mãe do mundo, a esposa que passa 9 horas no trabalho cuida dos filhos, cozinha; e logo mais trasformar-se na femme fatale. Ou o filho perfeitão imbativel 24hras por dia.
Lamentavelmente só nos valorizamos pelo que fazemos magistralmente. Por fim somos amados pelo que somos. (compreenda que algo que não esteja de acordo com essa definição pode imediatamente ser excluída da classe amor), isso inclui os defeitinhos que precisamos aceitar.
Esquecemos o essencial, o amor com que realizamos o que nos propomos fazer. Talvez você não seja um excelente cantor, jogando a voz com magnificência para todos os lados, mas quando o faz, expressa o que sente e o faz com amor e felicidade. Talvez não entenda tudo de arte e filosofia, mas consegue interpretar algumas obras, e com sua sensibilidade sentir o que o autor imaginou transmitir, emocional e não somente teoricamente.
Porventura também não seja um excelente cozinheiro, mas é campeão em recepcionar e agradar os familiares, sendo um exímio anfitrião, preocupado em servir o que há de melhor para deixar sempre à vontade os convidados. Por fim estamos sempre despercebidos de nossos pequenos charmes.
Esteja ciente que a vida é curta demais para aprender a ser bom em tudo. Concorde ainda que aprender algo e reaprende-lo todo dia, é o que vale.
Aceite antes a si próprio em seus defeitos, e assim também aprenderá a respeitar as imperfeições no outro; Partindo do pressuposto filosófico que ‘’ninguém pode dar o que não tem’ ‘convido-o a amar-se mais. Amar-se com mais intensidade do o fazem para com você, e amar aos outros com a mesma intensidade que o faz para si próprio, pois tenha certeza de que este, o amor esta acima de tudo, toda e qualquer imperfeição.

“As pessoas viajam para admirar a altura das montanhas, as imensas ondas dos mares, o longo percurso dos rios, o vasto domínio do oceano, o movimento circular das estrelas e, no entanto, elas passam por si mesmas sem se admirarem.” Santo Agostinho.





By:SUA FLOR.

_Fundamentalmente de volta!




Olá amigos fundamentais, depois dessa temporada fora, entre praias, sol, insolações, decisões importantes a toda hora e alguns graus de rotação cultural. Eis que volto ao meu cantinho filosófico, e muito feliz já que estar aqui é um prazer! Sabe amigos, às vezes é preciso ausentar-se das literaturas, sair para praticar os conhecimentos e aprender novos. E assim poder escrevê-los novamente. Pois como diz o ditado ‘’Nem só de leitura vive o homem mais de todo o exercício da prática e aprendizado que lhe é imposto’’...É sei, esse ditado não existe, mas acabei de inventar . Então é isso amigos. Aqui estou para vós novamente, preparando alguns textos e aberta a novas idéias. Também querendo mudar um pouco a cara do blog. Pra não ficar essa coisa muito ‘’opinativa’’, cá entre nós, acho esse povo ‘’opinador crônico’’ chato demais, esses que para todo assunto exposto querem apresentar suas teses. A princípio o blog tinha esse caráter mais pessoal critico, mas aos poucos vamos dando uma melhorada certo!? Por enquanto vou postando uns textos pendentes que me pediram já há alguns séculos pra dissertar. Sendo assim espero que estejam confortáveis, aqui no velho e bom ‘’O fundamental é o ignóbil da vida’’.