quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

‘’Imperfeições’’... (porque todo mundo merece um pouco de incentivo).

''Só seremos verdadeiramente felizes quando formos capazes de nos amar mais do que nos amam os outros, e aceitarmos em nós o que as pessoas não aceitam''.

E afirmou: _ De fato, isso em mim nunca me agradou!
E disseram-lhe: _ De fato nunca te amaste.
Ao que respondeu: _ eu me amo, só não sou feliz.


Nada como a relação do eu consigo mesmo, a enriquecedora relação de reconhecer o próprio valor.

Quantos de nós diariamente nos deparamos com o ritual matinal da insatisfação, o mito da perfeição? . Seja por ser o melhor no trabalho, na escola, ou o já velho clichê perfeccionista da busca incessante pelo tal ’’corpo perfeito’’; Não importa. O fato de buscar a perfeição se liga a algum requisito imposto; a pergunta é: _Quem requisita realmente? Quando a busca é própria pode ser muito saudável, mas quando se há uma coerção por padronização social a realidade é sempre inversa.
É notável o quanto algumas pessoas evitam falar o que pensam, seus ideais, suas ambições, seus próprios valores; sua fé. Preferem não entrar em determinados assuntos a ter que discordar numa ou outra situação. Tudo pela perspicaz conveniência.
Ser, pensar, agir diferente pode parecer um defeito ou desvantagem perante o grupo social em que se encontra. Assim também muitos carregam centenas de relacionamentos românticos. Que levam sobre si um ambiente totalmente artificial, impedindo a total veracidade dos parceiros ao ‘’real’’ objetivo dos relacionamentos modernos, ou a etapa mais significativa, a do conhecimento das personalidades nas descobertas de usuais compatibilidades. Aparentemente revelar o próprio eu pode ser muito comprometedor.

Nada mais que idiossincrasias...

Sim! Aceite, suas imperfeições não são nada mais do que isso. Elas marcam as características que o marcaram por toda sua jornada.
Cada detalhe dos quais você se envergonha lembram ou estão relacionadas com algo do passado.Talvez a maneira como se escolhe ou escolheu viver em determinada época; que fizeram e fazem de você o que é hoje. Um ser especificamente único. E acredite essas particularidades ás vezes conquistam muitos admiradores.
Algumas pessoas acharão simplesmente interessantíssimas muitas das coisas as quais você tentou esconder a vida inteira, ou durante muitos anos, como seu cabelo cacheado por exemplo, (oi! rs).
Tudo muito conectado a essa palavrinha difícil que indica a característica própria e única de cada ser. As suas e as minhas Idiossincrasias.


’Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito’’
_fernando pessoa

Não há uma grandiosidade na perfeição, o que nos torna interessantes, é como realmente substituímos vantagens que não temos por outras, tudo de forma absolutamente natural e despercebida. Todo mundo têm sempre um pouco mais do que aquilo que se pode ver.
Isso é o que deveria instigar os seres. Por vezes tão perturbado com a imagem de si próprio e do outro.
O que carregamos em nós é um instinto ameaçador. Um orgulho grande de mais que nos impede de enxergar o outro e a nós mesmos com de maneira primorosa. Paremos de buscar o novo e passemos a admirar o ‘’velho’’ com outros olhos. Há sempre mais por descobrir daquele seu amigo de longas datas, ou do parceiro o qual você acha que sabe tudo e já esta quase desinteressante. Lembre-se ‘’Há sempre mais’’.
Irrita-me saber que ainda há esforço na tentativa de parecer melhor do que se é. Dígame com que finalidade o fazemos? A saber, todos passam pelo mesmo mal, se é que pode chamar-se’’ mal’’ o que é apenas natural! .Não precisamos mascarar as qualidades que não temos, assuma os defeitos que têm, já fomos ressarcidos com idiossincráticas qualidades.
Melhor seria que gastássemos nossas energias melhorando aquilo que já temos. E buscando melhoras essenciais, assim como é preferível saber intensamente sobre pouco á saber superficialmente sobre muito. E dar fim ao ‘’isso é aceitável a você, não a mim’’.

...Alguns detalhes são realmente sem importância, mas o querer ser melhor é o que de fato nos faz perfeitos.

Ninguém precisa ser multi-utilidades. O ‘’sabichão’’ da classe, a melhor mãe do mundo, a esposa que passa 9 horas no trabalho cuida dos filhos, cozinha; e logo mais trasformar-se na femme fatale. Ou o filho perfeitão imbativel 24hras por dia.
Lamentavelmente só nos valorizamos pelo que fazemos magistralmente. Por fim somos amados pelo que somos. (compreenda que algo que não esteja de acordo com essa definição pode imediatamente ser excluída da classe amor), isso inclui os defeitinhos que precisamos aceitar.
Esquecemos o essencial, o amor com que realizamos o que nos propomos fazer. Talvez você não seja um excelente cantor, jogando a voz com magnificência para todos os lados, mas quando o faz, expressa o que sente e o faz com amor e felicidade. Talvez não entenda tudo de arte e filosofia, mas consegue interpretar algumas obras, e com sua sensibilidade sentir o que o autor imaginou transmitir, emocional e não somente teoricamente.
Porventura também não seja um excelente cozinheiro, mas é campeão em recepcionar e agradar os familiares, sendo um exímio anfitrião, preocupado em servir o que há de melhor para deixar sempre à vontade os convidados. Por fim estamos sempre despercebidos de nossos pequenos charmes.
Esteja ciente que a vida é curta demais para aprender a ser bom em tudo. Concorde ainda que aprender algo e reaprende-lo todo dia, é o que vale.
Aceite antes a si próprio em seus defeitos, e assim também aprenderá a respeitar as imperfeições no outro; Partindo do pressuposto filosófico que ‘’ninguém pode dar o que não tem’ ‘convido-o a amar-se mais. Amar-se com mais intensidade do o fazem para com você, e amar aos outros com a mesma intensidade que o faz para si próprio, pois tenha certeza de que este, o amor esta acima de tudo, toda e qualquer imperfeição.

“As pessoas viajam para admirar a altura das montanhas, as imensas ondas dos mares, o longo percurso dos rios, o vasto domínio do oceano, o movimento circular das estrelas e, no entanto, elas passam por si mesmas sem se admirarem.” Santo Agostinho.





By:SUA FLOR.

_Fundamentalmente de volta!




Olá amigos fundamentais, depois dessa temporada fora, entre praias, sol, insolações, decisões importantes a toda hora e alguns graus de rotação cultural. Eis que volto ao meu cantinho filosófico, e muito feliz já que estar aqui é um prazer! Sabe amigos, às vezes é preciso ausentar-se das literaturas, sair para praticar os conhecimentos e aprender novos. E assim poder escrevê-los novamente. Pois como diz o ditado ‘’Nem só de leitura vive o homem mais de todo o exercício da prática e aprendizado que lhe é imposto’’...É sei, esse ditado não existe, mas acabei de inventar . Então é isso amigos. Aqui estou para vós novamente, preparando alguns textos e aberta a novas idéias. Também querendo mudar um pouco a cara do blog. Pra não ficar essa coisa muito ‘’opinativa’’, cá entre nós, acho esse povo ‘’opinador crônico’’ chato demais, esses que para todo assunto exposto querem apresentar suas teses. A princípio o blog tinha esse caráter mais pessoal critico, mas aos poucos vamos dando uma melhorada certo!? Por enquanto vou postando uns textos pendentes que me pediram já há alguns séculos pra dissertar. Sendo assim espero que estejam confortáveis, aqui no velho e bom ‘’O fundamental é o ignóbil da vida’’.

domingo, 26 de setembro de 2010

Quem roubou minha amígdala cortical?


Enfrentando um período de ''indiferença''... quem nunca precisou enfrenta-la, (indiferença: desatenção, frieza, desinteresse, negligência) o que algumas pessoas não conseguem fazer nunca, e outras fazem bem demais.
Dar as costas aos problemas. Pode ser muito bom e necessário para uma perfeita saúde mental, mas o excesso de indiferença pode nos deixar as vezes num caminho sem volta.
Uma vida livre de emoções até mesmo as emoções negativas, parece ser algo assustador. Viver sem problemas e quem diria, eles têm uma enorme parcela de culpa por nossa felicidade extrema ou nossa criatividade.

A amígdala cortical : Essa parte conectada ao cérebro está ligada mais do que a afeição, qualquer paixão depende dela. Os animais que têm a amígdala cortical retirada estão inertes a qualquer sentimento, até mesmo o medo e a raiva¹. A emoção permanece ausente. E há dias como este que não sei por onde diabos larguei essa tal amígdala, tudo parece um vago só, e as emoções desaparecem.


Aprendendo a canalizar os maus sentimentos:
''_mas que sentimentos? estou indiferente!, existe sentimento na indiferença?''

Essa é a dor da indiferença, querer se opor a algo mas tudo esta tão tedioso que até mesmo a mais profunda depressão e tristeza dariam mais inspiração.
Temo surtos sociais de inércia emocional como este. Afinal o que poderia ser pior para um escritor do que a perda das emoções? o que seria de um poeta somente com palavras? não teria muito como expressar-se, afinal expressar o que? se não há nada para sentir.
Toda arte humana sempre movida as paixões estaria perdida. E onde estão nossas razões imprescindiveis que não nos cobrem desse dano?
Tomar decisões sensatas somente com o uso da razão é possível? parece que não...pensamento racional e emocional estão mesmo diretamente interligados. O que seria de nós seres humanos sem nossas emoções? o que fazer quando o mundo nos acostuma a racionalizar em todas as ocasiões em que poderíamos investir nossos sentimentos em profundidade?o que fazer com toda nossa instrução quando a emoção diz algo totalmente oposto?
Nada pior do que o esfriamento emocional. São tão constantes as influências racionais e tão pouco incentivadas as paixões, tão bombardeados somos por nossas tecnologias, nossa maquinas ''pensantes'' que nos abstraímos de nosso sentimentalismo. O que muito me lembra o fascinante movimento do Romantismo no século XVIII e a valorização dos sentimentos e das paixões, na tentativa de um renascimento emocional, houve até o que denominou-se ''a afirmação do amor contra a supremacia da razão''.Os românticos lutavam contra a frieza da racionalidade como tentativa de recuperar a sensação de plenitude, afirmando que os indivíduos permaneceriam insatisfeitos em seus anseios de liberdade.
Acertaram em cheio, insatisfeitos estamos. Queremos ser livres a todo custo, porém nossos anseios de liberdades ainda se ligam no ideal racional materialista de independência, como se isso já fosse o estágio supremo da liberdade absoluta. Passamos a viver como imagino nos viam os romanticos em seus piores pesadelos. Pensando de mais e sentindo muito pouco.


Neutralidade paralisante
Enquanto alguns são feridos e destroçados diariamente por suas emoções e consciências emocionais, outros ainda nem se deram conta que isso existe e não estão nem ai pra ela (oi...rs). Nesse caso tememos um estágio mais avançado e saímos de indiferentes para insensíveis, ou em caso alarmante negligentes sociopatas (medo).
Eu que tenho antecedentes de escrava emocional, e agora acordando em outro extremo. Vejo como é complicado ambos os casos, ainda preferindo a atual inércia alexítimica. (Pelo menos portadores de alexitimia ainda podem ser ótimos profissionais, já que as únicas perdas dos alexitímicos são a capacidade de raciocínio emocional e o manifestar de emoções juntamente com a dificuldade de descrever sentimentos, não significando a total ausência deles. já no caso dos atormentados pela emoção nem isso é possível, visto que comprovadamente perdem o foco e estão mais suscetíveis a desconcentrar-se em razão da ansiedade.)
Ok! depois desse parágrafo quase psiquiatrico e de algumas semanas tentando escrever tal descrição sobre o sentimento que em mim predominou ou melhor, que deixou de predominar por essas longas semanas sem postar. Termino aqui já quase recuperada e feliz porque devolveram minha amígdala três semanas depois desde a primeira linha desse texto, a qualidade duvidosa expressa muito bem a criatividade perdida pela falta de sentimentalismo. acho então que consegui expressar o que queria.


Então o que fazer nesses dias quando sua amígdala resolve passear?: parágrafo escrito em terceira semana em ausência de minha amígdala.

''catarse minha de cada dia''
Se você acordou hoje assim como eu, subitamente sentindo-se um psicopata, e em total inépcia emocional, calma não se desespere (Até porque você não terá capacidade de sentir essa emoção também). É importante apenas tentar descobrir a razão para tal insipidez emocional, é claro eu não sou nenhuma psicóloga, mas falando por experiência, é bem útil que se procure logo uma razão, talvez assim isso vá logo embora.
E é importante que vá. A lógica racional sozinha nunca será suficiente quando se precisa tomar algumas decisões como: com quem relacionar-se ou até mesmo decidir onde trabalhar. O comportamento social nunca será o mesmo, sem emoção é impossível envolvesse por completo e sentir intensidade sentimental, seja por algo ou alguém, viveremos em total descontentamento. Por tanto livre-se logo desse vácuo emocional e arranje um sentimento para se ocupar.


''Cada sentimento têm um valor potencial que nos ensina em cada etapa da vida, dando-nos a possibilidade de mantermos um posicionamento firme no que realmente defendemos e valorizamos, impulsionando-nos a alguma direção. Dependendo de sua intensidade e equilíbrio nos conduz ao alvo mais ambicionado. A felicidade ''


by: sua flor.


1.amígdala cortical: Descrição psiquiatrica da Internet.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

voar para longe.



''Parece que quando se ambiciona ir longe de mais, e ai que não se vai mesmo a lugar nenhum...''

''A auto prisão é o pior dos cárceres, nos condena até o último pensamento, cansado da vida repetida, tentando ir além , sair da rotina. É o que todos querem. ''


Querendo fugir pra qualquer lugar...

querendo ir embora...alguma vez na vida todo ser humano adolescente, pré ou pós , vai sentir isso. A necessidade de ir além de onde realmente é possivel ir. O tédio, a solidão, querendo estar entre sozinho e acompanhado, tudo ao mesmo tempo, só que em um lugar diferente. Há pessoas conservadoras que não sentem muita necessidade de mudanças, me questiono se tambem não têm necessidade de admitir que algumas coisas nunca deixarão de ser as mesmas na essência, mas maquiá-las um pouco pode fazer mais duradouro seu brilho.
O ar de insegurança, o desespero com o tempo que anda depressa demais para esperar nossas oportunidades, sejam elas emocionais, materias, espirituais, não importa. Quando as coisas parecem apagadas e sem graça, ou os problemas pesados demais, vem aquela vontade de gritar o mais alto possivel e evaporar, sumir. Você menciona ''preciso de espaço'' _sim todos precisamos, entendo tambem que nessas horas já temos espaço demais sobrando para nós mesmo. Ainda com o coração fatigado, tentamos sair da melancolia, partir para uma posição mais racional longe do sentimentalismo fastio predominante.
A espera tambem costuma ser muito assustadora se não sabemos lidar com ela, e geralmente têm sua parcela de culpa por esse sentimento de fuga que alimentamos as vezes, com uma pitada do tédio de cada dia, além das rotinas medíocres que insistimos em seguir por alguma razão não aparente . Nessas horas não há muito o que se fazer, além de procurar alguma atividade diferente das demais, ou talvez marcar algo com os amigos, ou qualquer coisa e realização que esteja mais ao alcance dos olhos .
É uma hora de reflexão , uma pausa para pensar nas nossa idealizações , que por algum motivo ainda não sairam desse patamar. E ai aparecem todos os desejos reprimidos, vontades, sonhos, e começa então a reunião dos pensamentos pertubadores oriundos do enfado, ou da falta de novidade.
Estagnados, é assim que ficamos quando surge esse desejo de sumir, realmente não é nada incentivador. Para livrar-me de tal mal descubri uma técnica: tento me concentrar ao máximo no que sou e no que tenho, seja emocionalmente ou materialmente, faço o que eu posso por mim hoje, sem tanta pressa, apenas por fazer bem feito o que é necessario para o dia de hoje, e nada mais.
É preciso libertar-se de cárceres emocionais primeiro para chegar a concretizar as fugas que as vezes sonhamos (merecidas fugas rs), penso que sempre as desejaremos, mas agora um pouco mais admoestados sobre ela.



*
'' Eu acho que eu estou me movendo mas eu não vou a nenhum lugar
eu sei que todo mundo tem medo,
daria qualquer coisa para conseguir o que é justo.
Mas justo não é o que você precisa realmente,
Você começa a se perguntar por quê você está aqui, não lá.
Eu estou me livrando da ferrugem,
Meu coração está ligado a qualquer lugar, exceto aqui.
Você começa a se perguntar por que você está aqui e não lá
E você daria tudo para conseguir o que é justo
Mas justo não é o que você precisa realmente
Pés firmes, não falhem agora
Eu vou correr até você não conseguir andar,
Mas algo tira meu foco e eu desisto.
Meu coração está ligado a qualquer lugar, exceto aqui
É hora de agir...''



by: alguem que tentou fugir para algum lugar hoje, e só encontrou esse aqui...


*Stop and Stare _OneRepublic

domingo, 22 de agosto de 2010

tempo de fazer nada :ou o que chamamos de ''perda de tempo''

A vida é um passatempo continuo, estamos sempre ocupados seja por obrigação , seja pelo puro prazer de ter o que fazer , não é permitido ser feliz na monotonia. Mas contra as correntezas, digo que sim , isso pode ser possivel, basta um pouco de força de vontade e capacidade de permitir-se não fazer nada aparentemente útil.
O ato de abster-se de atividades que as pessoas apreciem, é algo além do que a maioria denomina como '' perda de tempo'' , é o que muitos perderam a capacidade de fazer , serem livres das pressões locais e viverem por alguns momentos como crianças do jardim da infância ao chegarem em casa depois das classes.(isso mesmo, não faziamos nada nessa época).


Adianto: ''esse não é um texto incentivando a preguiça, apenas afirmando que um tempo pode ser separado para nós mesmos e ser bem aproveitado ainda que não se tenha nada especifico e significativo para fazer.''


'' O não fazer nada '' Um momento sublíme de dar valor ao silêncio da mente e saber o que ela poderá criar agora , longe das imposições do chefe ou dos professores amedrontadores, piores do que o carrasco que predomina na sua mente com objetos de tortura na mão, enquanto você tenta tirar aquela sesta.
A princípio, a historia esta cheia de procrastinadores que descobriram-se genios , poetas e artistas em pleno auge da incompetência por não ter o que fazer. É a liberdade para as artes , a especulação da criatividade, ou melhor a falta de especulação. Algumas e nossas melhores ideias parecem surgir do nada quando estamos muito pouco ocupados para pensar em coisas serias e importantes, não ha nada na cabeça só um imenso vazio , a criatividade parece ter desaparecido, e quando derrepente você já quase desistindo da contemplação e do insuportavel espaço vago, indo em direção ao tédio, depara-se com ela, a criatividade suprema, a ideia inata.


'' programados ao servilismo''
Perdoe-se se não estiver com corajem para nada, o mundo acostumou-se com excesso de atividades diarias, as mesma de que tanto reclamam , desaprendeu a valorizar o tempo livre que têm para dedicar-se ao ócio. Algumas mulheres quando mães não conseguem desprender-se das atividades rotineiras do lar e tornar a vida menos previsivel e mais pessoal, dedicam-se horas a ajudar os filhos lavando, passando, cozinhando, atentendo ao marido, mas não tem competência para encerrar o dia com uma pausa minima de 30 minutos para si mesmas, acham que é perda de tempo , é preciso adiantar as tarefas do dia seguinte. Já os maridos andam ocupados de mais para a valorização do tempo livre , que já ele nem existe , e quando existe não ha muito o que se fazer alem de estirar-se no sofá e ver tv nas poucas hora que lhes restam, os mais classicos ainda leem o jornal. Tudo muito imparcialmente .
Não há motivação para o ''não fazer nada'' , o medo de parecer preguisoço predonina , até porque se não temos muitas responsabilidades acabamos tendo que fazer as de outros os chamados ''favorzinhos'' que nos impedem de chegar a sintonia do absoludo nada ,e nos tiram o tempo para exercitar a zona de criatividade, que parece se ativar repentinamente nas distrações consideraveis imbécis do dia-dia.
Desocupar-se é uma tarefa para mestres, estar ocupado é para qualquer um , não é necessario ser nenhum diretor empresarial para isso. O climáx da desocupação pode ser quebrado a qualquer instante. Há quem não consiga ficar sozinho em casa ou caminhar sozinho com proprios pensamentos, é um martírio.
A produtividade tem de ser costante , o que explica o porque de muitos artistas recorrerem aos psicanalistas, a arte deixa se ser acontecimento natural e passa a ser uma imposição, é preciso produzir para estar no auge, ser valorizado, reconhecido. Somos valorizados pelo que produzimos em matéria, não percebemos que antes mesmo de qualquer ação nosso hemisfério cerebral direito já caminha em pleno funcionamento, necesitando apenas de um pouco de silêncio e concentração para manifestar-se.


'' Desapego produtivo''
Genios loucos, é so o que a sociedade produz quando estipula prazos para o desenvolver das abilidades. Precisamos de calma para efetivar as ideias, uma pausa para o melhor desenvolvimento , as empresas já confirmaram que pressionar funcionarios a produzir em escala industrial não trará nenhum resultado efetivo, alem de trasforma-los em funcionarios rabugentos e improdutivos crônicos.
Não há com o que se preocupar, apenas maravilhe-se com a singularidade do momento e saiba que ele acabará mais cedo do que você imagina, admita, não fazer nada pode ser algo trascendente.
Não tenha pressa em ocupar-se, apesar de ser uma taréfa dificil para o homem, cujo instinto já o programou para a criação e o desenvolver de atividades , um periodo de aparente improdutividade pode ser muito recompensador. É possivel descobrir novos talentos quando há uma pausa dos oficíos cotidianos. São inúmeros os casos de pessoas que reergueram-se depois de serem demitidas por incompetência nos serviços que realizavam , apartir dai , na necessidade ou como maneira de refugiar os pensamentos decepcionados, inceriram-se em novas ocupações das quais eram muito mais abilidosas. Nunca subestime o tempo, ele pode trazer grandes revelações estando você ocupado ou não.
Então da proxima vez que estiver com lápsos de concentração por conta daquela preguicinha , não gaste tanta energia tentando vencer o que mas parece uma imposição cósmica, admita-se no direito de procrastinar as atividades repetidas, que você realiza diariamente a décadas , ou a alguns anos para os mais novos. Sujeite-se ao nada, aprenda a viver alem das realizações impostas e evite pofessar com tanta frequência as palavras ''perda de tempo'' só porque decidio gastar algumas horas da sua quinta feira sem fazer nada...lembre-se, é impossivel não fazer nada, e ao fazê-lo isso sim poderá ser muito produtivo.



contra indicações:mas atenção, periodos de ócio não devem ser prolongados, e se você costuma ficar muito tempo sozinho em casa ou outro lugar esqueça tudo o que eu disse, isso pode ser muito perigoso...rs

''A guerra deve ser em função da paz,
a atividade em função do ócio,
as coisas necessarias e úteis em função das belas.

Aristóteles

by:flor

sábado, 7 de agosto de 2010

Mais filosofias...

Somos capazes de conhecer a verdade? afinal quais as possibilidades do conhecimento humano? as respostas básicas dadas a essas duas correntes foram questões antagônicas na historia da filosofia.Uma o conhecido ceticismo e a outra o dogmatismo,que defende a possibilidade de conhecermos a verdade. Mas nada me instiga mais em requisito veracidade do que a questão da liberdade.O que é de fato a real liberdade para os diferentes indivíduos,como ela afeta a nossa felicidade, e porque temos a tendência a sermos obsessivos e alienados emocionalmente a essas questões que partem do principio livre-arbítrio.
Sem mais balelas vamos a algumas reflexões...



Escamoteando a liberdade:quando a censura social e a auto-censura do pensamento tornam-se um fardo.

Quanto de nossa personalidade e liberdade de expressão somos capazes de abandonar em busca de aceitação social?

Tudo começa quando descobrimos que ao contrario do que dizem, a vida não é assim tão bela, mas sim uma empreitada bastante difícil, e quando de um momento para outro crianças imaturas, inseguras e dependentes terão de fazer a proeza de se tornarem adultos seguros de sí e independentes(principalmente no que concerne a finanças).Mas é claro, ninguem transita assim em dois extremos e mantêm a mesma sanidade.
A partir dai, crescemos e nos tornamos verdadeiros adultos mentirosos, que por medo de denotar fraqueza, tufamos o peito e fingimos força e coragem. Quando por dentro não passamos de crianças ''choramingonas''querendo ser livres de nossa própria natureza covarde. Nos impedimos de chorar, ter medo,ou se quer ousar ''confiar'',sobre isso estamos numa terrível resistência.Afinal o ensinado hoje é a absoluta desconfiança como forma genuína de não decepcionar-se com o mundo.
Somos instruídos a aceitação nunca a dúvida, ligamos a televisão e imediatamente nos deparamos com a padronização das ideias.É certo que há um preço a pagar para aqueles que querem revelar suas ideias, pensar nem sempre condiz com aceitação social.Isso faz com que muitas pessoas reprimam a si mesmas e aceitem ter suas opiniões padronizadas .Algumas vezes por puro comodismo.Escrever um blog com o que se pensa nunca foi tão difícil.
Hoje em meu sutil entendimento, percebo que apesar das repressões ainda há inúmeras formas de ser livre e aproveitar a liberdade mesmo que você esteja ''liso'' e desempregado( algumas pessoas quando contestadas sobre o que de fato representava a liberdade, afiramaram que era impossivel ser ou sentir-se livre na ausência de um emprego).
Essas pessoas parecem ter esquecido que acima das finanças temos a capacidade de pensar, que nos faz entre outras coisas competentes para poder refletir acerca de nós mesmos, e nos permite a criação de um projeto de vida proprio.Somos as vezes nosso proprio coagidor, quando esquecemos que temos a liberdade de pensamento e não precisamos seguir padrões formados pela sociedade, lider em escamotear a liberdade alheia, nos impondo sem que percebamos seus conceitos de verdade.
Toda essa imposição social e auto imposições inconcientes, nos tornam pessoas menos felizes, mais amargas , logo menos livres.
Por algumas vezes você e eu esquecemos que a liberdade ainda pode ser encontrada no mesmo lugar onde fundamentamos nossos valores e podemos fazer o que quisermos.Dentro de nós mesmos.



_Meu cunhado Guilherme acerca,
Da auto-repressão: ''só existe uma pessoa capaz de impedir seu sucesso, você mesma''
Da sensura do pensamento: ''se eu tivesse um blog já estaria morto''

-Anônimo materialista :''Você jamais será livre sendo desempregado, isso é imposivel.''

- Eu acerca disso tudo e já cansada dessa reflexão:''prefiro o sentimento de liberdade ao de aceitação, a liberdade será sempre mais satisfatória''


_ just want to be free in this world
I hope that everybody understands
I just want to be free and fly away
And smell all the flowers in my heart
I want to feel the love in me
I want to go go go go away

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito.(Clarice lispector)

olá, essa semana tive um dia tenso, caracterizado pelo estresse pré gineca(a assombrosa profissional da ginecología)o último lugar que eu desejaria ir quando sei que estou saudável(pelo menos acredito e não ha indícios do contrário).
A amedrontadora profissional escontrava-se com exatamente duas horas de atraso.E vendo as caras trêmulas e palidas das pacientes, que pareciam querer sair correndo dali pra bem longe(Oi...rsrs), decidi escrever sobre o tempo.
PS. Antes de prejulgar a qualidade deste texto, lembre-se apenas: Foi escrito sobre a tensão de um hospital =)rs ok !



ELE, O TEMPO...

permita-me apresentar-me: Sou o tempo, muito prazer.
Sou aquele, o qual prestam culto os emprezarios, e de mim fazem sua religião.Aquele que muitos desejam.E as vezes bastante ignorado pelos jovens.Costumo ser representado pelo relógio, aquele que te põe pra dormir anoite e te acorda pelas manhãs.
Hoje você não dorme quando têm sono, dorme quando a hora é propícia.Também não se levanta porque o dia fica claro, mas porque tempo é dinheiro, e você não quer ficar mais pobre ou talvez menos rico.
A espera incomoda a todos, e deixa tediosos aqueles que tem muito de mim. Também estressados os que de mim não sabem aproveitar .Sou as vezes amigo da rotina, e posso passar horas , dias , anos ,sendo culpado pelas suas perdas sociais.
Há alguns séculos as pessoas viviam felizes e despreocupadas, se ja tinham tido de mim o suficiente ou se de mim haviam perdido muito.
A vida era mais leve, amigos não marcavam encontros, mas se viam regularmente. Simplesmente não havia lamento por me haver pedido.
Hoje as pessoas são rigidas na sua ansiedade, e se tornam vitimas de mim .Desesperam-se no ensejo, esquecem que tudo o que ficou para traz, por mim se tornou incólume.
E ao final dessa linhas vou passando desapercebidamente, e aqui os deixo.Alguns no esquecimento , outros na saudade.Pois não posso estar no para sempre, mas alego poder ser eterno.Indagando-lhes apenas, que issu é somente possivel para aqueles que amam .